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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

SAIBA QUEM FOI ANDRÉ DA SILVEIRA, O FUNDADOR DE ANDRELÂNDIA

 

Retrato supositício de André da Silveira, o fundador de Andrelândia, de acordo com pesquisas de Marcos Paulo de Souza Miranda


Corria o ano  de 1749  quando André da Silveira dirigiu uma petição ao então Bispo de Mariana, Dom Manoel da Cruz, requerendo, em nome dos moradores da região denominada Turvo Grande e Pequeno, autorização para erguer, na localidade, uma Capela dedicada a Nossa Senhora do Porto, considerando que a população vinha aumentando e a distância até as igrejas mais próximas era grande, impedindo o acesso de muitos aos sacramentos religiosos.

A autorização foi concedida, a capela construída e, no ano de 1755, recebeu a benção oficial e passou a ser utilizada para a celebração de batismos, casamentos e cerimônias de encomendação de mortos.

Na parte frontal da capela existia um adro, cercado por muro de pedras, onde as pessoas mais simples da comunidade eram sepultadas. Os integrantes das classes sociais mais abastadas eram sepultados no interior da capela, que tinha assoalho de madeira e campas para os enterros.




Antiga Capela de Nossa Senhora do Porto do Turvo - atual Matriz de Andrelândia


Ao redor do pequeno templo logo se formou um povoado, com a construção de casas de comércio e de residência de pessoas que tinham propriedades rurais na região e  precisavam de alojamento para assistirem às missas periódicas,  daí surgindo o denominado Arraial do Turvo.

No ano de 1930 a antiga Cidade do Turvo (que havia alcançado tal status em 1868) recebeu a denominação de Andrelândia (de André + land - Terra de André), em homenagem ao responsável pela construção da capela que deu origem à povoação.

 Mas quem terá sido o fundador da cidade, André da Silveira ?

De acordo com nossas pesquisas, André da Silveira é natural da Freguesia de São Salvador da Vila de Horta, Ilha do Faial, Arquipélago dos Açores, Portugal,  onde nasceu por volta de 1705.

 

 


Igreja Matriz de São Salvador, Vila Horta, Ilha do Faial, Açores – local de batizado de André da Silveira

 

Com cerca de vinte anos de idade, ainda em solo açoriano, André se casou com sua conterrânea, Maria do Livramento, com quem teve descendência.

É de se crer que foi por volta do ano de 1735 que aportou em solo brasileiro, atraído pelas notícias do ouro e pela miragem fantástica da riqueza fácil que chegavam a Portugal e suas Ilhas, André da Silveira, acompanhado de sua mulher e duas filhas pequenas.

Ele descendia, presumivelmente, de família bem situada; era dono de certa cultura e sabia ler e escrever com desembaraço - privilégio de poucos à época.

O número de propriedades imóveis de André da Silveira, situadas nas cercanias do antigo Arraial do Turvo, adquiridas pelo apossamento primário, evidencia que ele  foi efetivamente um dos primeiros habitantes da região.

           Isto porque, de acordo com dados que coligimos após a análise de inúmeras cartas de  concessão de sesmaria na região, na segunda metade do século XVIII vários  sesmeiros se dirigiram ao Governo da Capitania de Minas Gerais requerendo o reconhecimento jurídico da propriedade de terras que haviam adquirido de André da Silveira.

         Em 15 de dezembro de 1755, por exemplo,  foi concedida a Dona Ana Maria de Medeiros, viúva de Gaspar da Costa Pacheco, uma carta de sesmaria de três léguas de terras nas vertentes do Rio Turvo Pequeno acima, junto ao Morro Caxambu, constando do título  concedido que o finado marido da concessionária havia comprado essas terras de “André da Silveira há uns dois anos”. Nos autos de inventário de Gaspar Costa Pacheco, falecido em 08 de abril de 1754, descobrimos que o imóvel situava-se nas cabeceiras do Rio Turvo Pequeno, foi vendido por 675 mil réis e confrontava com Antônio Correia de Lacerda, Francisco Gonçalves de Medeiros e Bernardo Gomes.

       Assim, a propriedade abrangia território dos atuais municípios de Bom Jardim de Minas e Arantina.

No dia 02 de dezembro de 1755 o português Bento Ribeiro Salgado, natural da Freguesia de Santa Maria de Silvares, Termo de Guimarães, Arcebispado de Braga, recebeu uma sesmaria localizada “ao pé do morro das Safiras”, arrebaldes do Arraial do Turvo. Na carta de concessão é mencionado que as terras de Bento “partiam ao sul com terras de Antônio do Valle Ribeiro, que comprara a André da Silveira”.

A propriedade ficava na região da atual Fazenda dos Pinheiros, em direção à Serra dos Dois Irmãos.

Em 07 de novembro de 1758 Manoel Luiz da Silva recebeu do Governador da Capitania carta de sesmaria em que lhe era concedida meia légua de terras, em quadra, no lugar denominado Bicas e Águas Belas. Consta do título de concessão que parte das terras haviam sido adquiridas por compra feita a André da Silveira. Essas terras dividiam com o ribeirão de Francisco Martins Coelho, que fazia barra no Aiuruoca, e com as estradas que seguem de Serranos para o Turvo e de Serranos para São João del Rei.

A propriedade ficava na região da atual Fazenda das Bicas.

Além de grande proprietário de terras, André da Silveira foi também senhor de vários escravos, mão de obra considerada essencial naqueles tempos, tanto para atividades de mineração, quanto de agropecuária.

Segundo dados extraídos de registros religiosos lançados em livros da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar de São João Del-Rei e de Nossa Senhora da Conceição de Aiuruoca, conseguimos identificar os seguintes escravos pertencentes a André da Silveira:

 

-          Maria Preta Angola, mãe de Theodósio, batizado em 24 de maio de 1739 na Capela de São Miguel de Cajurú.

-          Maria Preta Benguela, mãe de José, batizado em 22 de dezembro de 1746 na Capela de São Miguel do Cajurú.

-          Josefa Mina, mãe de José, batizado em 08 de maio de 1767 na Capela de Nossa Senhora do Porto de Turvo.

-          Francisco Angola e Maria Rebola, casados em 01 de julho de 1771 na Capela de Nossa Senhora do Porto do Turvo.

 

    Sabemos que, já na década de 1740, André da Silveira encontrava-se estabelecido com sua família e negros na Fazenda das Bicas, situada nas proximidades do Rio Aiuruoca, cuidando das criações, das lavouras e também do trabalho de mineração.

    Mesmo reduzida a extração aurífera, os homens daqueles tempos não abandonavam o sonho de fazer riqueza retirando do solo o cobiçado metal dourado, e alimentavam tal esperança sempre destinando alguns escravos ao trabalho nas minas. A nosso ver, o topônimo "Bicas" não teve outra origem senão em virtude dos bicames de madeira que outrora ali existiam, destinados a conduzir as águas utilizadas na lavagem do cascalho aurífero às margens do Rio Aiuruoca, no local até hoje conhecido como “Catas”.

    A fazenda das Bicas, ou "Sítio das Bicas", como  denominava o próprio André da Silveira a respeitável propriedade, que chegava a confinar com sesmarias de Diogo Garcia e José de Araújo Martins, próximas à Serra das Carrancas, compunha-se de "vários mattos virgens, capoeiras, campos ..." e deveria ser uma das mais movimentadas da época, pois estava situada às margens da velha estrada que seguia do vetusto Arraial dos Serranos para a Vila de São João del-Rei, sede da gigantesca Comarca do Rio das Mortes.

Como prova cabal de que André da Silveira não foi nenhum "bandeirante", nenhum aventureiro cego pela ambição, como alguns já chegaram a afirmar, a declaração de dívida por ele escrita de próprio punho no ano de 1755 em favor do Capitão João de Souza Lisboa, arrematador do contrato dos dízimos na Capitania de Minas Gerais, vem confirmar que suas atividades rentáveis caracterizavam-no muito mais como um fazendeiro, um homem ligado à terra.

Os dízimos eram a décima parte do valor dos frutos da terra, incluindo as madeiras, produtos das olarias e criação de rebanhos. A sua cobrança era feita através da arrematação de contrato pelo período de um triênio, ficando o contratado responsável pela apresentação do rendimento à Junta da Real Fazenda

Originariamente o dízimo era devido à Igreja, mas a Coroa Portuguesa, com a promessa de subsidiar aquela, chamou a si a arrecadação do tributo, nunca cumprindo satisfatoriamente com o compromisso.

     Abaixo, transcrevemos o mencionado documento que foi escrito pelo próprio André da Silveira, em 1755, na Fazenda das Bicas:

 

"Devo que pagarey ao Captam João de Souza Lisboa a Contia de trinta oytavas de ouro procedidas dos meos dizimos do trienio que principiou em 7 de agosto de 1753 e há de findar em outro tal dia de 1756. A coal coantia pagarey a ele dito ou a quem este me mostrar em dois pagmtos iguais nos dois agostos do contrato e por ser verdade lhe paçey este docmto pro mim asinado pª o que obrigo minha peçoa o bem especial mte a mesma Roça Juruoca no Sítio das Bicas ao pé do turbu grande hoje 1 de dezro de 1755. André da Silveira".

 

Assinatura de André da Silveira

    Uma oitava equivalia a 3,585 g de ouro, o que nos leva a concluir que a dívida de André era de 107,55 gramas de ouro  e que a sua produção agropecuária no período de um triênio equivalia a pouco mais de um quilo do metal dourado.  Entretanto, pelos evidentes vestígios (canais, catas e guapiaras) existentes no local de sua antiga fazenda, cremos que André da Silveira também se dedicava à mineração, sobre a qual incidiam os quintos e não os dízimos, o que pode indicar uma renda bastante superior.

    Até o ano de 1771 temos provas documentais de que André da Silveira permaneceu na região do Turvo, residindo no Congonhal. Em 1772 André da Silveira requer ao Juiz de Órfãos da Vila de São João del-Rei que fosse dispensado do encargo de tutor dos filhos menores do seu finado genro Manoel Francisco Braga, dizendo-se “homem velho e doente”, além de morar distante da Vila de São João del-Rei.

    Por volta de 1775 a morte de sua mulher, Dona Maria do Livramento, veio a pesar fortemente sobre o velho fazendeiro que, já avançado em anos e desgastado pelas rudes surpresas da vida, resolveu deixar a terra que mais tarde levaria seu nome, partindo para o vizinho arraial de São Bom Jesus do Livramento, hoje cidade de Liberdade, onde passou os últimos anos de sua vida, na companhia de seus netos.

    Aos vinte e sete de dezembro do ano de 1782, confortado por todos os sacramentos da Igreja Católica, faleceu André da Silveira. Seu corpo foi solenemente encomendado pelo Pe. Manoel Lourenço de Oliveira e sepultado sob o Arco Cruzeiro, no interior da Capela do milagroso São Bom Jesus.


Foto da antiga Capela de São Bom Jesus do Livramento, onde foi sepultado o fundador André da Silveira

 

    Por ter sido um dos pioneiros povoadores de nosso território e por emprestar o seu nome à nossa cidade, André da Silveira merece todo o nosso respeito e veneração.

    Conhecer a biografia do fundador de Andrelândia é um dever de todos aqueles que amam a Terra de André.




quinta-feira, 17 de abril de 2025

JOÃO NARCISO, UM ANDRELANDENSE BENFEITOR DA CIDADE DE CONGONHAS – MG

 

Por: Marcos Paulo de Souza Miranda

 

Na madrugada de 25 de junho de 1913, às quatro horas, vinha à luz, na antiga Cidade do Turvo, que receberia a denominação de Andrelândia em 1930, o menino João Narciso, filho de Pedro Luis de Almeida e Josina Alves de Sá. Descendente de antigos troncos genealógicos andrelandenses, o pequeno João Narciso era neto paterno de José de Almeida Moraes e de Cândida Maria de Jesus. Neto materno de Antônio Narciso Ferreira Leite de Maria Ferreira de Sá.

João Narciso (1913-1983)

Foi batizado na Matriz de Andrelândia em 12 de outubro de 1913 pelo padre Carlos Muller, tendo como patrinhos João Narciso de Sá e Lucinda Luiza de Jesus.



RegistrRRegistro de batizado de João Narciso

Nascido em lar religioso, desde a juventude demonstrou extrema devoção a Nossa Senhora Aparecida, que tomou como sua guardiã.


Cursou o primeiro grau no Colégio Santo Antônio, em São João del-Rei, um dos melhores educandários da região à época. Trabalhou como telegrafista da Rede Mineira de Viação -RMV na cidade de Tiradentes.

Na sequência, foi para Belo Horizonte, onde estudou no Colégio Anchieta, trabalhou como bancário e atuou como  juiz de futebol amador.

No ano de 1945 casou-se com Maria da Glória Pinto, natural de Barbacena, nascendo, do enlace, as filhas Geysa Narciso Maximiano Barcelos e Gelta Pinto Narciso.

Homem empreendedor, culto e de visão, na década de 1950 iniciou suas atividades de comercialização e distribuição de combustíveis no município de Congonhas por ocasião da construção da rodovia denominada BR 3 (atual BR 040), abastecendo veículos, inicialmente com o uso de um caminhão que percorria a rodovia, e, na sequência, por meio de um posto de combustíveis que implantou na localidade de Joaquim Murtinho, às margens da referida rodovia.

De espírito desprendido e caridoso,  no ano de 1953 doou um expressivo lote de terras para que fosse construída, na localidade de Joaquim Murtinho, uma escola pública que pudesse atender todas as crianças e jovens da região, evitando a antiga necessidade de deslocamento para Congonhas ou Lafaiete para tanto.







Referida escola hoje leva seu nome e é o principal equipamento de ensino do Distrito de Joaquim Murtinho, em Congonhas, atendendo  estudantes de diversas localidades, como Joaquim Murtinho, Cidade Jardim, Vila Marques, Vila Cardoso, São Luiz, Alto Maranhão e Jardim Profeta. Além da Educação Infantil, conta com turmas de 1° ao 9º ano do Ensino Fundamental e oficinas específicas de Jiu-Jitsu, futsal, handball, português e matemática.

Uma das ruas de Joaquim Murtinho também leva o nome de João Narciso, o grande benfeitor da localidade.

O benemérito João Narciso, filho de Andrelândia, faleceu em Belo Horizonte em 29 de maio de 1983, deixando seu nome registrado nas páginas da história da tricentenária Congonhas do Campo.

 

Fontes e referências:

Cartório de Registro Civil de Andrelândia – Livro 12-A, Assento 68, p. 25/25v.

André Candreva – Instituto Histórico e Geográfico de Congonhas

Biblioteca da Escola Municipal João Narciso. Entrevista com: Margarida Leão Nascimento

 

domingo, 6 de abril de 2025

DR. MARCOS RIBEIRO DE AZEVEDO: PIONEIRO NA DEFESA DO PATRIMÔNIO CULTURAL EM ANDRELÂNDIA


Por: Marcos Paulo de Souza Miranda


Nos dias de hoje podemos dizer que, em Andrelândia, há uma razoável consciência coletiva sobre a necessidade de preservação dos bens integrantes do patrimônio cultural existentes no território do município, como casarões antigos (urbanos e rurais), igrejas e capelas, construções da época da instalação da ferrovia, grutas e sítios arqueológicos,  entre outros.

Andrelândia atualmente é muito conhecida e valorizada fora de suas fronteiras exatamente em razão da beleza de seu traçado urbano e da existência de um patrimônio cultural bem preservado e difundido, o que acaba por despertar uma ponta de orgulho nos moradores e amigos da cidade, que ficam envaidecidos ao perceberem que a “Terra de André” vem se firmando como novo destino turístico de Minas Gerais

Mas é preciso ressaltar que esse nível de consciência foi alcançado apenas em tempos mais recentes, e decorre de muito trabalho de pessoas que, há longas décadas, vêm lutando para que a comunidade andrelandense perceba o valor de suas riquezas culturais, naturais e turísticas e passe a defendê-las.

 


Dr. Marcos Azevedo junto às pinturas rupestres da Serra de Santo Antônio 

aos 87 anos de idade


Entre essas pessoas, ganha especial destaque o Dr. Marcos Ribeiro de Azevedo, conhecido na cidade como “Dr. Marcos”, homem culto e de visão, que, durante várias décadas, sempre buscou conhecer, proteger e difundir as riquezas andrelandenses e formar novos atores e lideranças capazes de dar continuidade a essa tarefa.


 


      Dr. Marcos (à direita), com a família, na Serra de Santo Antônio, na década de 1960


Simples e gentil no trato, bem-humorado e com enorme energia, Dr. Marcos conhecia boa parte do território andrelandense, por onde fazia caminhadas pelas serras e gostava de visitar velhas fazendas e locais de potencial histórico e arqueológico, que sempre procurava registrar em fotografias. 

Era leitor contumaz de obras históricas sobre Minas Gerais e, generoso, sempre presenteava seus amigos e pupilos com livros e artigos a respeito do assunto, difundindo o conhecimento e induzindo a iniciativa de novas pesquisas e descobertas.


Dr. Marcos de Azevedo (à esquerda) em piquenique  na pedra do Serrote

 na década de 1950


Os integrantes do Núcleo de Pesquisas Arqueológicas do Alto Rio Grande (NPA), responsáveis pela criação do Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio, por exemplo, foram quase todos amigos e pupilos do Dr. Marcos de Azevedo. 

Aliás, na década de 1990, Dr. Marcos foi um grande entusiasta e incentivador da criação e implantação do Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio, onde sempre estava presente, mesmo quando já se aproximava dos noventa anos de idade.

Nosso homenageado carregava no sangue o amor pela história e as coisas antigas, pois era filho do Dr. Álvaro de Azevedo (esse, por sua vez, filho do Cel. José Bonifácio de Azevedo) e dona Maria da Glória Ribeiro Azevedo. Dr. Álvaro de Azevedo foi pioneiro na historiografia andrelandense, sendo autor dos livros “Andrelândia – Aspectos de sua vida política e social” e “Reminiscências”, obras essenciais para quem quer conhecer os antigos fatos e personagens da nossa cidade.

Nascido em Quatis-RJ em 11 de maio de 1926, Dr. Marcos Azevedo fez o curso técnico de Agronomia em Viçosa, cursou Direito na Universidade Federal Fluminense e Filosofia na Associação Barra-mansense de Ensino, em Barra Mansa - RJ.

Em Andrelândia, onde possuía casa e permanecia longas temporadas com frequência, sempre participava e apoiava as ações e movimentos relacionados à cultura, ao meio ambiente e ao turismo. Faleceu no Rio de Janeiro em 15 de abril de 2019, com quase 93 anos de idade.

Enfim, Andrelândia deve ao Dr. Marcos de Azevedo, em boa parte, o status que hoje ostenta de cidade ligada à preservação do patrimônio cultural, razão pela qual a ele rendemos as nossas mais sinceras homenagens e o  formal registro de agradecimento pelo que fez, voluntária e desinteressadamente, em benefício de todos !

Obrigado por tudo, caro amigo.