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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

DESCUBRA TODAS AS INFORMAÇÕES E DETALHES SOBRE A CANOA PRÉ-HISTÓRICA DE ANDRELÂNDIA

Andrelândia abriga, no Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio, uma canoa indígena pré-histórica com mais de 400 anos de idade !

Você sabia disso ?

Trata-se de um dos mais raros e importantes vestígios arqueológicos pré-históricos de Minas Gerais e do país.

Veja abaixo as principais informações sobre o artefato.

Se você quiser visitar o Parque Arqueológico, pode obter informações AQUI


Onde e quando foi encontrada ?

A canoa foi encontrada no segundo semestre de 2014, durante uma forte estiagem, no leito do Rio Grande, na divisa de Andrelândia com o município de Santana do Garambéu.






Como foi encontrada ?

O menino Douglas Fonseca, então com nove anos de idade, deparou-se com o vestígio quando foi nadar no Rio Grande e avisou o pai dele sobre o achado.

Por que a canoa foi levada para o Parque Arqueológico ?

Para sua conservação e estudos, a canoa foi transportada, em uma cuidadosa operação, para o Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio, e está sob a responsabilidade do Núcleo de Pesquisas Arqueológicas do Alto Rio Grande - NPA, que construiu um abrigo especificamente para ela.






Quais as suas dimensões  e como foi feita ?




A canoa tem 9,10 m de comprimento e largura média de 70 cm.  Conhecida como canoa monóxila, ou piroga, ela é uma embarcação tradicional, feita com um único tronco de árvore, escavado e esculpido (com ferramentas de pedra e uso de fogo), até tomar a forma de um barco, com capacidade de flutuar e se deslocar.

Qual a madeira utilizada ?

Em março de 2015, após um fragmento da canoa ter sido analisado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), os estudos científicos indicaram que o objeto foi confeccionado em um tronco de Araucaria angustifólia, conhecida popularmente como Pinheiro do Paraná ou Araucária. Trata-se de uma árvore ameaçada de extinção, mas que ainda existe na região do Parque. Frutos da árvore (pinhões) foram encontrados em escavações de arqueólogos da UFMG, o que sugere uma grande integração do homem pré-histórico com a a árvore, cujos galhos são muito utilizados para fogueiras.

Qual a idade  da canoa ?

Em janeiro de 2015 o NPA providenciou o envio de uma pequena amostra da madeira da canoa para o Laboratório Beta Analytics, situado em Miami, nos EUA, e o resultado da datação por radiocarbono indica que a embarcação foi construída por volta de 1610, ou seja, cerca de 80 anos antes da chegada das primeiras bandeiras paulistas à região do Sul de Minas, o que comprova sua natureza pré-histórica. 

Para que era utilizada ?

A canoa era utilizada pelos povos pré-históricos como um instrumento de extrema relevância para fins de deslocamento, caça, pesca, defesa e ataque. Os rios eram as principais vias de antigamente

A canoa é protegida como patrimônio cultural ?

Sim. Em razão de sua extrema  raridade e importância arqueológica, a Lei Municipal nº 1.958/2015, aprovada por unanimidade, declarou a canoa  como integrante do patrimônio cultural pré-histórico de Andrelândia.


Vídeos  e matérias sobre o tema




terça-feira, 18 de setembro de 2018

LANÇAMENTO NACIONAL - FILME SOBRE TANCREDO NEVES COMEÇA COM HISTÓRIA OCORRIDA EM ANDRELÂNDIA


Em 13 de setembro de 2018 houve o lançamento nacional do filme: "O PACIENTE - O caso Tancredo Neves". Com duração de 100 minutos, distribuído pela Downtown/Paris, a Direção do filme é de Sérgio Rezende.

O filme conta os últimos dias da vida de Tancredo Neves, o primeiro presidente civil, eleito pelo colégio eleitoral no Congresso Nacional, depois da ditadura militar. Toda a expectativa da população brasileira e a doença de Tancredo, que depois de 39 dias de internação, morreu no dia 21 de abril de 1985, nunca sendo empossado.




Para nós, andrelandenses,  há  um motivo especial para  assistir ao filme: o enredo começa com Tancredo falando (nominalmente) de Andrelândia e do aperto que aqui ele passou na década de 1930. Um flashback recheado de humor.

Trata-se do famoso "Caso do Barbeiro", que já tivemos a  oportunidade de divulgar neste blog:

http://terradeandre.blogspot.com/2017/03/tancredo-neves-em-andrelandia-o-caso-do.html  

Como o Diretor Sérgio Rezende é  filho do Dr. Valério Azevedo Rezende, nascido em Andrelândia, em 1921, e neto de Dona Nair Azevedo, nascida na Fazenda Bahia, em 1898,   parece evidente que ele quis fazer uma homenagem à terra de seus ancestrais, que ele muito frequentou quando jovem.

Assim foi estabelecida uma formidável conexão entre a Terra de André e a biografia de Tancredo Neves, um dos mais destacados políticos da história de nosso país.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

PREGUINHO - PATRIMÔNIO DE ANDRELÂNDIA

Como sempre temos salientado neste Blog, nem só de Viscondes, Barões e Coronéis é feita a história de Andrelândia.

Pelas ruas da cidade andam pessoas simples que integram o patrimônio cultural e afetivo da Terra de André.


É preciso ter sensibilidade para identificar e registrar cada um desses quase anônimos personagens que convivem conosco há décadas e nem sempre recebem o necessário reconhecimento ainda em vida.

Neste post registramos a nossa admiração e carinho por um dos mais populares personagens de Andrelândia.


De pequena estatura, fala rápida e muito comunicativo, Joaquim Silvério de Andrade  recebeu o pseudônimo pelo qual é conhecido quando ele ainda era criança e adorava subir em bancos da Avenida principal da cidade e fazer pregações imitando as falas e os gestuais dos padres que passavam por Andrelândia. 

O pequeno imitador dos pregadores logo recebeu  o apelido de Preguinho.

Nascido em Andrelândia em 16 de novembro de 1947, Joaquim Silvério de Andrade, o popular Preguinho, é um dos quatro filhos do casal Geraldo Silvério de Andrade (n. 1912), casado em 09 de junho de 1934 com Maria da Conceição Silva (n. 1910). Neto materno de Maria José da Silva e paterno de Sebastiana Cândida da Conceição.

Os ancestrais de Preguinho, segundo ele mesmo afirma, eram escravos que trabalhavam na Fazenda das Laranjeiras, em Andrelândia, uma das mais antigas e opulentas propriedades rurais da cidade.

Nascido e criado no Bairro Areão, que é uma de suas paixões, Preguinho fez seus estudos primários no Grupo Escolar Alfredo Catão, aprendendo a ler e escrever com Dona Aparecida, mulher do Sr. Alfredo Salgado. Posteriormente concluiu a 8a. série no Ginásio Visconde de Arantes, onde estudou, dentre outros, com os professores Zé Athaíde, Dipa e Mário Martins.


Adicionar legenda
Ainda na adolescência começou a trabalhar na torrefação de café do Sr. Jorge Salomão, onde permaneceu até a década de 1970.

Em seguida foi contratado como garçom do Bar e Restaurante Bartalo, o afamado estabelecimento do Luis Português, no Rosário, onde Preguinho serviu, sempre com alegria e boa vontade, grande parte da população andrelandense, além de muitos turistas e viajantes. Lá permaneceu por mais de duas décadas.

Hoje em dia continua trabalhando como garçom no Bar do Lucas, na entrada do Areão, mas tem se dedicado a outras tarefas, procurando valorizar a cultura negra na cidade.

Há sete anos Preguinho assumiu a presidência da Associação Afro Cultural de Andrelândia e tem feito um belo trabalho, auxiliando a realizar anualmente, por ocasião da Festa de São Benedito, a Missa Afro, seguida de danças típicas, além de ter promovido encontros nas localidades rurais do Município procurando resgatar a identidade e o orgulho dos negros.

O  sonho dele, atualmente, é conseguir uma sede para a Associação no bairro Areão, a fim de potencializar as ações em defesa e valorização da cultura africana em nossa cidade.

Pessoa simples e de grande coração, Preguinho merece todo o respeito e consideração do povo de Andrelândia.

Que seus sonhos se transformem em realidade !

Em um mundo que, infelizmente, vive tempos de ideologias extravagantes, artificiais, superficiais e, não raras vezes, oportunistas, é gratificante saber que entre nós existem pessoas como Preguinho, genuíno, discreto e desapegado defensor das origens da sua raça em Andrelândia. 

Preguinho é patrimônio cultural vivo da Terra de André.



Vida longa a ele !


sábado, 9 de junho de 2018

"SÔ TONICO" E A PHARMÁCIA SANTO ANTÔNIO



A história de Andrelândia é formada pela soma das histórias de cada um de seus moradores ao longo dos séculos da existência da querida Terra de André.

Sô Tonico no interior da Farmácia Santo Antônio

Um dos personagens que deu especial contribuição à história de nossa cidade foi o Sr. Antônio de Andrade Alves, farmacêutico por todos carinhosamente chamado "Sô Tonico".



Tenho lembranças dele quando, ainda menino, dirigia-me com meus pais à Farmácia Santo Antônio, onde eu me encantava com os  inesquecíveis balcões e prateleiras azuis, sortidos de remédios, perfumaria e brinquedos nas vitrines, principalmente na época do Natal.


O Sr. Tonico nasceu em 13/04/1899 na cidade do Turvo-MG e era filho de Gustavo Ernesto Alves e Ilidia da Silva Alves. Neto paterno de Francisco de Paula Alves e Leopoldina Laureana de Andrade e neto materno de Severino Cândido da Silva e Mariana Placidina de Jesus da Silva.

Foto de formatura do Sr. Antônio de Andrade Alves

    Fez os estudos primários no Turvo e, em seguida, no Colégio Santo Antônio em São João Del Rei.  Iniciou o curso de Farmácia em Ribeirão Preto em 1919, transferindo-se posteriormente para Alfenas onde se diplomou em 1922 e  se casou com Benedita Sério Alves, a Dona Di, natural de Três Corações, em outubro do mesmo ano.

     Em 1923,  fundou a tradicional Pharmácia  Santo Antônio, inicialmente localizada na Av. Nossa Senhora do Porto,  ao lado da Igreja Matriz, em Andrelândia. Em 1925 transferiu-se para Alfenas, e no ano seguinte mudou-se para Passa Vinte, onde permaneceu como farmacêutico por 10 anos. Retornando a Andrelândia em 1935, reabriu a farmácia na esquina das atuais avenidas Nossa Senhora do Porto e José Bernardino (atual casa da família do Sr. Jorge Salomão), e em seguida na rua então chamada Paula Campos, onde permanece o estabelecimento.




     Foi membro da diretoria do Clube Andrelândia e da Associação Atlética Andrelandense. Em 1942 participou, juntamente com Mário de Paula Campos, Raul de Andrade Carvalho e Hermano de Araújo Salgado, da comissão fundadora do Ginásio São Boaventura, da qual foi tesoureiro. Por este motivo, juntamente com os demais fundadores, foi homenageado em 1952 pelos formandos da primeira turma do ginásio São Boaventura.

        Em 1955 foi eleito, com expressiva votação, vice-prefeito de Andrelândia. Após o afastamento por motivo de doença do prefeito Benedito Silva em 1957, passou a exercer a chefia do Poder Executivo. Como prefeito, realizou obras de saneamento básico, terminou a urbanização das margens da via férrea, ampliou a malha rodoviária municipal e reconstruiu a ponte da Barra. Terminado o mandato para o qual fora eleito,  afastou-se da política e passou a dedicar-se em tempo integral à sua atividade de farmacêutico, sempre atendendo a todos, pobres ou ricos, com a mesma atenção e carinho. Não tinha nenhum apego a questões financeiras e jamais deixou de atender ou de fornecer medicamentos a quem precisava, a qualquer hora do dia.


Sô Tonico com os netos em frente à Farmácia

        Faleceu em 1995, aos 96 anos de idade, tendo sido considerado o farmacêutico que exerceu por mais tempo a direção de um mesmo estabelecimento em Minas Gerais.

        Atualmente, a rua onde passou a maior parte de sua vida, ostenta o seu nome: Farmacêutico Antônio de Andrade Alves.

        Deixou os filhos:

Maria Zoé Alves Salgado, professora, casada com Martiniano Belfort Salgado;

José Herzen Sério Alves, casado com Consuelo Maria Salgado Alves;

Dalka Sério Alves;

Eliete Sério Alves Leite, casada com Milton Campos Leite;

Vânia Sério Alves Romeiro, casada com Eduardo Romeiro;

Antônio Sérgio Alves, casado com Consuelo de Andrade Catão Alves;

Celso Sério Alves, casado com Maria Lúcia Meirelles Alves.





Registro de número 1000 do CRF concedido ao Sô Tonico

Ao querido "Sô Tonico", filho ilustre da Terra de André, as nossas homenagens e o nosso eterno agradecimento por tudo o que fez pelo povo de nossa cidade.





domingo, 27 de maio de 2018

CLASSIFICADOS DO TURVO - COMÉRCIO E SERVIÇOS DOS VELHOS TEMPOS DE ANDRELÂNDIA

O Comércio do Turvo, antigo nome de Andrelândia,  sempre foi muito diversificado, fazendo da cidade um  importante ponto de referência para a aquisição de produtos e serviços em toda a região.

Pharmácias, padarias, açougues, hotéis, bares, armarinhos, salões de beleza, material de construção, livros, bancos, advogados, médicos, laticínios, ferrarias e muito mais podia ser encontrado na velha Terra de André, entre  as décadas de 1890 e 1930.

Imagine  uma viagem sua ao passado de Andrelândia. 

Antes de partir para os tempos de antanho, veja abaixo se você conseguiria encontrar tudo o que precisaria e anote os nomes de seus fornecedores.

Não se esqueça de pedir descontos. Os turvenses sempre foram bons comerciantes e faziam de tudo para cativar os fregueses.

Boa viagem !