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sábado, 27 de janeiro de 2018

CONHEÇA O PARQUE ARQUEOLÓGICO DA SERRA DE SANTO ANTÔNIO - 3.500 ANOS DE HISTÓRIA




O Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio é o mais importante atrativo turístico de Andrelândia e vem sendo visitado por turistas de várias partes do país e mesmo do exterior.

O Parque também mantém programas de visitação dirigida, com aulas de educação patrimonial, onde escolas de Andrelândia e região fazem visitas gratuitas periódicas.

Atualmente, Andrelândia é a única cidade dos 853 municípios mineiros que identifica a sua ancestralidade pré-histórica como origem da cidade, que não se confunde com a posterior chegada dos europeus.




Criado em 1994, o Parque protege o sítio arqueológico da Toca do Índio, onde existem pinturas rupestres pré-históricas espalhadas por um grande painel na rocha, abrigado da chuva, com cinquenta metros de extensão. As pinturas datam de, aproximadamente, 3.500 anos.











Grutas, trilhas na mata, muros de pedra do período da escravidão,  árvores centenárias, animais silvestres como  o Lobo-Guará, a Onça Suçuarana e o Macaco Bugio fazem parte do ambiente do Parque.



No pico da Serra, a 1.393 metros de altitude, existem as ruínas da antiga Capela de Santo Antônio. De lá, descortina-se  uma  visão 360º de nossa região, podendo ser avistadas as Serras de Ibitipoca, Aiuruoca, Carrancas e São Thomé das Letras.






Também está sob a proteção do Parque uma rara  canoa pré-histórica descoberta no Rio Grande, confeccionada pelos antigos povos que habitavam o nosso território, esculpida em um único tronco de araucária. Trata-se de um dos mais singulares vestígios arqueológicos do país.


Visite, conheça, preserve e divulgue o Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio, patrimônio cultural da Terra de André !

Para saber detalhes e agendar sua visita entre em contato com José Marcos pelo telefone 35 –3325 –1006 ou com Evaristo, pelo telefone 35 – 98422-9623.

Se quiser saber mais detalhes sobre a pré-história de Andrelândia, conheça o livro abaixo.


sábado, 20 de janeiro de 2018

URIAS ANTÔNIO DA SILVEIRA, FILHO ILUSTRE DE ANDRELÂNDIA



Nos dias de hoje são dezenas os nomes de turvenses e andrelandenses autores de livros em nosso país, nas mais diversas áreas, como Poesia, História, Direito, Medicina etc.

O Clube Literário de Andrelândia (CLAN), a propósito, está ativo e contribuindo intensamente para a  nossa cultura. Ter um Clube Literário é privilégio de poucas cidades. O CLAN deve ser reconhecido e valorizado. Merece nossos aplausos.

Modéstia à parte,  desde o século XIX que nossa cidade se destaca no cenário mineiro como um dos centros de intelectualidade do povo das alterosas. Ouvi isso de um importante escritor certa vez. 

Talvez ele tenha razão.

Em nossas pesquisas, procuramos identificar quem teria sido o primeiro turvense a publicar, oficialmente, livros no país, o que era algo espetacular nos tempos de antanho.

Identificamos o nosso conterrâneo Urias Antônio da Silveira como tal. É parente da família Mattos, de Donas Irene e Terezinha, mulher do Sr. Odilon de Mattos, dono da loja onde eu comprava Playmobil e peças para bicicleta. Era gente finíssima.


Urias era filho de  Vicente José da Silveira (filho Matias das Silveira de Andrade e Ana Marcíria de Mattos) e de Ana Cândida da Silveira (filha de José Manoel da Silveira e Inácia Maria de Almeida), que se casaram na Matriz de Andrelândia em 25 de outubro de 1841.  Uma curiosidade: o avô paterno de Urias, Matias, era afilhado de batismo de Maria do Livramento, mulher de André da Silveira, fundador de Andrelândia.


Que orgulho tenho do Dr. Urias !

Conquanto de família humilde, formou-se em Medicina na Imperial Faculdade do Rio de Janeiro em 1872, defendendo a tese sobre o “Diagnóstico e tratamento da dyspepsia”, que foi impressa e divulgada no país.




O companheiro era cobra criada e publicou ainda: Formulario Magistral de Therapeutica (1884); Galeria historica da revolucao brazileira de 15 de novembro de 1889 que occasionou a fundacao da Republica dos Estados-Unidos do Brazil (Rio de Janeiro -  Typ. Universal de Laemmert, 1890. 319p),   Formulário de therapeutica brasileira; ou, o thesouro de medico pratico (Barra Mansa, Typ. da Aurora barramansense, 1888-89), A doença e o remédio (1889), A doença das mulheres (1892).








Urias foi morar em Barra Mansa e no ano de 1886 escreveu no jornal Aurora Barramansense orientações médicas para prevenir um surto de febre amarela temido e iniciado naquela cidade.

Em Andrelândia ele era reconhecido e os seus livros vendidos na cidade.


Enfim, esse é o cara !

Dr Urias, merece nossa reverência e reconhecimento como o primeiro autor literário da Terra de André.


Viva Urias Antônio da Silveira !





OS VEREADORES DA CÂMARA MUNICIPAL DA CIDADE DO TURVO - 1864-1930



A administração de Andrelândia, desde a criação da Vila Bela do Turvo, em 1864, até o advento da Revolução de 1930, era realizada pela Câmara Municipal, composta por vereadores eleitos pelo voto popular e que não recebiam remuneração pelos seus trabalhos.

O Presidente da Câmara tinha a função de "Chefe do Executivo", ou seja, desempenhava as funções equivalentes às do atual Prefeito. 

Os cargos eram exercidos com orgulho e patriotismo pelos ocupantes,  que  se reuniam na Casa de Câmara (andar superior) e Cadeia (andar inferior), prédio construído em 1864 pelo Visconde de Arantes, lamentavelmente demolido em 1943.

Conheça, abaixo, os Vereadores que durante mais de seis décadas contribuíram para o desenvolvimento de Andrelândia sem preocupação com vencimentos financeiros.


A antiga sede da Câmara e Cadeia da Vila Bela do Turvo, situada na atual Avenida Nossa Senhora do Porto, foi demolida em 1943







1866-1868



Mariano Pereira da Silva Gomes – Presidente

João Baptista Gonçalves da Costa Pires
Bento Antônio de Novais
José Filippe dos Santos
José Gomes de Oliveira Lima
Francisco Antônio Duarte da Silveira
Francisco Vieira Valente
Joaquim Fabiano Ribeiro
Manoel Silva Nogueira







1869-1872 


Antônio Belfort Ribeiro de Arantes - Presidente

Antônio Torquato Teixeira
Joaquim Pereira Godinho
Joaquim José de Carvalho

Joaquim Theodoro da Silva
Antônio Pereira de Andrade
Antônio José Gomes
Barão de São José





1873-1877 


Teóphilo Belfort Ribeiro de Arantes - Presidente
Joaquim Teodoro da Silva
Joaquim Pereira Godinho
Antônio Pereira de Andrade
Antônio Torquato Teixeira
Antônio Gabriel Pinto
Anastácio Alves Cyrino
Joaquim José de Carvalho
Francisco Rodrigues de Almeida



1878-1880 


Joaquim Feijó de Albuquerque Lins - Presidente


Joaquim Teodoro da Silva
Francisco Teófilo dos Reis
José Cesário de Miranda Ribeiro
Francisco Penha de Andrade
Severino de Andrade Reis
Francisco de Paula Alves
Manoel Bezerra da Silva
Militão Luis da Silva

Joaquim José de Carvalho
Francisco Rodrigues de Almeida
Manoel Pereira da Silva


1881-1882 


Ernesto da Silva Braga - Presidente


Alexandre Belfort Ribeiro de Arantes
João Augusto Ribeiro Guimarães
Severino Cândido da Silva
Antônio Pereira de Andrade
Francisco José dos Santos
Honório Ribeiro de Carvalho




1883-1886


Barão de Arantes - Presidente


Barão de São Tomé
Pacífico José Nogueira
Francisco Inácio da Silva Vilela
José Xavier Soares
Manoel Pereira da Silva

João Batista Marques Júnior
Antônio Torquato Teixeira
João Batista Marques Júnior
José Rezende Teixeira Guimarães
Francisco Pereira Gustavo

1887-1890 


Ernesto da Silva Braga - Presidente


Antônio Pereira de Andrade
Severino Cândido da Silva
Martiniano Belfort de Carvalho
Severino Eugênio de Andrade
Antônio Ribeiro dos Reis
José Eugênio de Azevedo Pinto
José Rodrigues de Almeida
Severino Augusto dos Reis Meireles

1891-1894


Visconde de Arantes - Presidente


Francisco Zuquim de Figueiredo Neves
Antônio Luiz dos Reis
José Bernardino Alves
José Bonifácio de Azevedo
Joaquim Teodoro da Silva
José Pio Papa
José Eugênio de Azevedo Pinto
João Batista Pamplona
Severino Augusto dos Reis Meireles

1895-1897 


José Bonifácio de Azevedo - Presidente

João Zuquim de Figueiredo Neves
Tobias de Paula Campos
Martiniano Ernesto Pereira
João Nogueira
Antônio Augusto Alves
Américo  José Monteiro
Domingos Custódio de Azevedo Pinto
José Venâncio Teixeira
Severino Eugênio de Andrade







1898-1900 

Tobias de Paula Campos - Presidente

Joaquim Teodoro da Silva
José Joaquim Alves
Rosendo Souza Andrade
Ernesto Andrade Alves
João Pedro Silva Vilela
Urbano Andrade Reis
João Soriano da Cunha







1901-1904

José Bonifácio de Azevedo - Presidente
















1905-1907
Visconde de Arantes - Presidente



1908-1911
Manoel Joaquim da Silva Landim - Presidente

Evaristo Antônio Chaves
João Zuquim de Figueiredo Neves
Francisco Antônio da Silva
Antônio Pereira de Andrade Júnior
Manoel Gonçalves P. Sobrinho
Ernesto de Andrade Alves
José Eugênio Teixeira
João Batista Gonçalves
Augusto César Nardy

1912-1915 


 Martiniano Belfort de Carvalho - Presidente



Antônio Pereira de Andrade Júnior
Francisco Antônio da Silva
João Zuquim de Figueiredo Neves
Ernesto de Andrade Alves
José Eugênio Teixeira
Manoel Gonçalves P. Sobrinho
João Batista Gonçalves
Antônio César Nardy
Gabriel Máximo Teixeira
Antônio Bernardino de Araújo
Anízio de Azevedo Pinto
João Alfredo Nogueira Silva
José Marcolino da Silva
Camilo Ferreira Leite





1916-1918 - Domingos Custódio de Azevedo Pinto - Presidente

1919-1922 - Gabriel Ribeiro Salgado - Presidente

1923-1926 


Américo José Monteiro - Presidente


Gabriel Ribeiro Salgado
José Teodoro de Almeida
Leôncio Alves de Carvalho
João de Andrade Resende
José de Andrade Godinho
José Ribeiro Salgado Júnior
Sebastião Antônio de Araújo
José Bernardes de Araújo
Dorval Martins Gonçalves
José Tibúrcio Salgado
Joaquim Tibúrcio de Carvalho
Ricardo Leite Ribeiro
José Ribeiro de Andrade
Francisco Romano das Dores



1927-1928 
José Bonifácio de Azevedo - Presidente




1928-1930 


Altino de Azevedo - Presidente




domingo, 14 de janeiro de 2018

BIBLIOTECA ANDRELANDIANA

Assim como existem as Bibliotecas Brasiliana e Mineiriana, dedicadas a obras que contam a história de nosso País e de nosso Estado, respectivamente, podemos também falar em uma "Biblioteca Andrelandiana", pois há mais de um século que temos importantes obras produzidas sobre a história da Terra de André.

Aqueles que quiserem conhecer a fundo a história da cidade precisam ler esses livros.

Pretendemos divulgar aos poucos cada uma das obras que conhecemos sobre o assunto.

Se tiver sugestões, compartilhe aqui.


Conhecer nossa história é valorizar a nossa gente !





Andrelândia - 3.500 anos de história
Autor: Marcos Paulo de Souza Miranda
Ano de publicação. 2014.
Juizforana Gráfica e Editora, Juiz de Fora



Genealogia da Família Azevedo de Andrelândia e sua ligação com velhos troncos paulistas
Autora: Maria Regina Azevedo Villela de Andrade
Ano de Publicação: 2007


Andrelândia do Século XX - Biografia de um tempo
Autor: Paulo César de Almeida
Ano de publicação: 2006
Oficina Editores - Rio de Janeiro




Lenda da Serra de Santo Antônio
Autor: Paulo César de Almeida
Ano de publicação: 2004




Andrelândia: O berço da Família Mattos.
Autor: Sylvio de Carvalho e Silva Matos
Ano de publicação: 2002
Editora Cedro - São Paulo




Lenda da Serra dos Dois Irmãos
Autor: Paulo César de Almeida
Ano de publicação: 2002






Aspectos Históricos da Terra de André
Autor: Marcos Paulo de Souza Miranda
Ano de publicação. 1997.
Esdeva. Juiz de Fora







Andrelândia - Vultos & Fatos
Autor: Paulo César de Almeida
Ano de publicação: 1994
Online Editorações. Juiz de Fora



Páginas Soltas...
Autor: Jair A. Rezende.
Ano de Publicação: 1996.
Gráfica e Editora Capelli. Campinas.



20 Gerações de João ramalho e Bartyra. Seus descendentes mineiros de Andrelândia e outras Grandes Famílias
Autor: Laerte M. Magno Ribeiro
Ano de Publicação: 1989



Reminiscências
Autor: Álvaro de Azevedo
Ano de publicação: 1957



A Família Mafra - Estudos Genealógicos
Autor: José de Oliveira Mafra.
Ano de Publicação: 1974



Meus Dias
Autor: Amir Azevedo
Ano de Publicação: 1970




Andrelândia - Fatos de sua vida  político-social
Autor: Álvaro de Azevedo
Ano de publicação: 1954
Livraria Clássica Brasileira - Rio de Janeiro


Álbum Municipal de Andrelândia
Autor: Daniel Albertino da Silva
Ano de publicação: 1937



Município do Turvo - 1881
Autor: Ernesto da Silva Braga
Revista do Arquivo Público Mineiro - 1905


















sábado, 13 de janeiro de 2018

CINE GLÓRIA, PATRIMÔNIO CULTURAL DE ANDRELÂNDIA



A história do Cine Glória, situado na Praça Visconde de Arantes, quase defronte ao Fórum, tem seu início no ano de 1926, quando Pascoal Alexandre tomou a iniciativa de ali implantar um cinema  para trazer entretenimento, diversão e lazer  à sociedade turvense.

Vista da antiga Praça Visconde de Arantes na década de 1930, com o Cine Glória à direita.

O Cine Glória foi implantado em prédio adaptado que, no século XIX, funcionava como estabelecimento comercial do Visconde de Arantes, antigo proprietário do imóvel. O arco  de pedra colocado sobre a porta principal  indica a data de 1886, o que evidencia a antiguidade da edificação.



Cine Glória - 1933




O empreendimento logo se transformou em um dos principais pontos de encontro e convivência da população local.

Na calçada, do lado de fora,  moças e rapazes faziam o footing antes de assistirem aos clássicos de aventura, paixão e, sobretudo, de faroeste, que chegavam em rolos de metal pelo trem, vindos diretamente do Rio de Janeiro.  

Muitas lágrimas, risos e beijos ocorreram no interior do velho Cine Glória...

















Alguns dos filmes exibidos no Cine Glória na década de 1930




A fim de modernizar o estabelecimento, foi adquirida pelo proprietário uma  máquina de projeção alemã da marca Krupp, que também produzia som, ultrapassando a fase do cinema mudo, colocando a cidade no mesmo patamar das capitais.




Máquina de projeção alemã que revolucionou o Cinema em Andrelândia

Depois de ter pertencido a Pascoal Alexandre, o cinema passou para a gestão de José Antônio de Almeida e Sebastião Rodrigues de Almeida e, finalmente, para Aníbal Teixeira, fechando as portas na década de 1960, quando a televisão começou a chegar na cidade.

O prédio do cinema também servia para apresentação de bandas, realização de festas de formatura e reuniões de trabalho. Um verdadeiro espaço cultural que, durante quatro décadas, movimentou a cidade de Andrelândia e marcou a história de muitos de seus moradores, que dele se recordam com saudades.

Felizmente, a máquina de projeção, alguns rolos de filmes e cadeiras do antigo cinema foram adquiridos antes de serem destruídos e estão devidamente preservados.



Carreteis e cadeiras do antigo Cine Glória


O prédio, contudo, adquirido pela Prefeitura Municipal de Andrelândia há vários anos, está abandonado, aguardando restauro, sem previsão para término.

Torcemos para que a obra seja logo concluída e que o imóvel possa ser novamente utilizado pela população andrelandense, tão carente de espaços para festas, bailes, formaturas, seminários, congressos e eventos culturais.

Seria um grande presente para a cidade.

Independentemente disso, o Cine Glória está vivo na memória de todos aqueles que curtiram os bons tempos de antanho e contam, com saudosismo, as boas histórias das quais foram atores naquele agradável espaço.

Viva, para sempre, o Cine Glória !

O prédio do Cine Glória, de propriedade da Prefeitura, aguarda restauro há anos