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sábado, 6 de maio de 2017

FAMÍLIAS DE ORIGEM LIBANESA EM ANDRELÂNDIA

Andrelândia deve muito de sua história aos árabes que aqui chegaram no início do século XX, vindos sobretudo da cidade de Ras Baalbeck, Vale do Bekaa, no Líbano, nas proximidades da divisa com a Síria, que dinamizaram o comércio local e foram aos poucos se mesclando com  famílias da cidade.



Local do procedência das famílias libanesas que vieram para Andrelândia

Inicialmente comerciando como mascates, por meio de tropas que vinham carregadas de mercadorias do Rio de Janeiro, os "turcos", como eram chamados à época, em pouco tempo começaram a estabelecer suas lojas em Andrelândia, onde vendiam de tudo, principalmente tecidos, calçados, chapéus e brinquedos.

É dos meus tempos de criança a Loja do Zé Barquete, próxima à Igreja Matriz, onde na época de Natal era colocado um boneco do Papai Noel na porta. Lembro-me de tomar benção do bom velhinho e também de ganhar de presente alguns ioiôs  feitos de serragem e carrinhos de madeira. Bons tempos aqueles...

Abrahão, Antonio, Barquete, Ganan, Naback, Nable e Salomão estão entre os principais sobrenomes árabes da cidade.

A eles a nossa homenagem e o nosso agradecimento por tudo o que fizeram, fazem e farão pela Terra de André. 

Andrelândia é um caldo de culturas. Quibe, charuto e cafta fazem parte do nosso cardápio graças a esse generoso intercâmbio intercontinental.

Loja do Miguel Barquete - 1921




Joaquim Abrahão e esposa Marieta Nunes de Paula

Loja de Joaquim Abrahão - 1918



Casa de comércio da família Abrahão, muito bem conservada pelos descendentes do patriarca. Verdadeiro patrimônio histórico da cidade

Casa de comércio da família Ganan


O comerciante Abrahão Barquete, esposa e filhos



O patriarca José Salomão e família


Tradicional ônibus do Jorge Salomão, que fazia a linha Andrelândia-Belo Horizonte


Propaganda da Loja de Salim Nable

Jamila Murad Nable e Miguel Nable, patriarcas da família na cidade



Benedito Nable e seu comércio


Observação: A genealogia das famílias acima citadas, com procedência exata dos imigrantes árabes, seus cônjuges e descendentes, pode ser encontrada no livro: 
Andrelândia - 3500 anos de história.

Veja em:
 http://terradeandre.blogspot.com.br/2017/02/livro-andrelandia-3500-anos-de-historia.html




8 comentários:

  1. Ainda criança, vi a loja do meu vô Miguel (já bem idoso) virar uma espécie de armarinho.
    Como sempre ia para Andrelândia no carnaval, a loja do Tio Zé Barquette estava sempre enfeitada com serpentina e confete. E por falar em confete, me lembro de um boi feito com armação de madeira e coberto com um pano. Ali dentro, ficavam duas pessoas (meus primos Evandro e Zé Maria). O boi soltava confete pela "tisa" - só os "turcos" entenderão (kkkkkkk)

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  2. Muito legal, sou e família GANAN e também sou comerciante.
    Essa foto do Sr.Dito NAble me lembro dela, eu vivia no bar dele.
    Que legal.
    Parabéns! !!!

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  3. Parabéns pela reportagem. Tinha visto mas não aqui.

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  4. Parabéns , a história e nossos antepassados e linda!

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  5. Gostei de saber um pouco sobre meus avós, Joaquim Abrahão e Marieta Nunes de Paula. Parabéns, pelo trabalho!

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  6. Tenho um carinho especial por Andrelândia, terra de minha mãe, Eni Abrahão.

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    1. Minha mãe se chamava Maria Helena Abrahão

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  7. Minha infância e adolescência foi vendo a Vó Chafia Naback sentada no degrau de sua casa fazendo crochet e e claro sua melhor amiga e vizinha sentada ao lado Nao posso deixar de falar da loja de tecidos do tio Salim.

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