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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

ANTIGA SEDE DA CÂMARA MUNICIPAL DO TURVO

O prédio sede da Câmara Municipal do Turvo (Prédio da Câmara e Cadeia)  teve sua construção iniciada em 1864, quando a Lei Provincial nº 1191, de 27 de julho,  criou a Vila Bela do Turvo.
O prédio era a sede de todos os Poderes do local. Os vereadores exerciam as funções legislativas; o Presidente da Câmara era o chefe do Executivo (como o atual Prefeito) e ali também funcionava o Poder Judiciário (audiências e sessões do tribunal do júri). A cadeia ficava na parte baixa do prédio, que era um sobrado majestoso situado onde hoje existe o lactário, na Av enida Nossa Senhora do Porto, acima da casa do Sr. Jorge Salomão.
No século XIX, o prédio foi considerado como um dos três principais de toda a Província de Minas Gerais, pela sua robustez e formosura.
A pedra fundamental ainda lá se encontra, no canto esquerdo, junto ao muro lateral. Você já a viu ?
Sem dúvida alguma, foi o principal edifício dos primeiros tempos de Andrelândia.
A partida dos Voluntários da Pátria para a Guerra do Paraguai; a chegada  oficial das notícias da Abolição da escravatura e da Proclamação da República; As táticas para o enfrentamento durante a Revolução de 1930. Tudo se deu ali, naquele venerando prédio, cuja história clama por resgate.
Infelizmente, a edificação foi demolida na década de 1940, sem motivos plausíveis.

O que refazer para recuperar tal história ?

Realizar  uma escavação arqueológica para deixar evidentes os vestígios  dos primeiros tempos da cidade ?
A reconstrução do prédio, com base em fotos antigas ?
A implantação de um memorial no local ?
A produção de um livro sobre o prédio ?

Alguma coisa precisa ser feita para o resgate desse patrimônio. Ajude a definir qual.
O Poder Público de Andrelândia deveria se importar com o assunto.
Foi ali que ele nasceu....
Foi ali que os primeiros governantes da cidade deram o seu sangue  e suor para o melhor de todo o povo andrelandense.

Cidade sem memória é cidade sem futuro.
























PRESIDENTES DA CÂMARA

Antônio Belfort Ribeiro de Arantes
Barão de Arantes
Visconde de Arantes
1869-1872
1883-1886
1891-1894
Teófilo Belfort Ribeiro de Arantes
1873-1877
Dr. Ernesto da Silva Braga - 1881-1882
Coronel José Bonifácio de Azevedo
1895-1897
1901-1904
1927-1928
Coronel Tobias de Paula Campos
1898-1900


Coronel Martiniano Belfort de Carvalho

1912-1915


Américo José Monteiro

1923-1926











domingo, 12 de fevereiro de 2017

NOTÍCIA SOBRE O ASSASSINATO DO PORTUGUÊS LIBERAL MANOEL PEREIRA - RIO PRETO

Notícia veiculada no jornal Cidade do Turvo em 1890.


Na biblioteca do IBGE existem as seguintes informações sobre o caso:

Em 1863, com o assassinato do português Manoel Pereira da Silva Júnior, Chefe local do Partido Liberal, nas proximidades da fazenda Santa Clara, de propriedade dos Fortes, líderes do Partido Conservador, e a campanha difamatória elaborada pela imprensa, foi feita uma devassa pelo Governo da Província, a mando do Paço Imperial, no seio da família Fortes, o que motivou a retirada e a fuga de vários membros da importante família, ficando em Rio Preto somente a baronesa de Monte Verde, mais tarde viscondessa, e no Estado do Rio, na Fazenda Fernando, Carlos Teodoro de Souza Fortes, barão de Santa Clara. Em conseqüência dos fatos acima narrados, foi a sede do município de Rio Preto transferida, em 1864, da Vila de Rio Preto para a povoação de Nossa Senhora do Porto Turvo. Seis anos depois, quando os ódios político-partidários já haviam desaparecido e os riopretanos comungavam de um mesmo ideal, foi definitivamente reinstituído o município de Rio Preto, e a elevação da vila à categoria de cidade em 1871


Sobre o assunto, colhe-se de um jornal de Rio Preto:

O português Manoel Pereira que morou em Rio Preto pelos idos de 1800 foi um dos protagonistas principais da história do município. Egresso de Portugal, em 1832, Pereira representou no município o Partido Liberal. Era opositor ao Partido Conservador, que abrigava os grandes senhores de terras, cana-de-açúcar, café, fazendas e escravos. Naquele período a Fazenda Santa Clara, que na época pertencia a Rio Preto (hoje é de Santa Rita de Jacutinga), era a principal referência dos conservadores na região da Zona da Mata Mineira. Os Bustamantes Fortes eram donos da fazenda. O prédio histórico tem 365 janelas. Dizia Francisco Thereziano, um dos seus donos, que as janelas permitiam que a família deles visse o pôr do sol, a cada dia, de ângulo diferente.
A beleza da fazenda, hoje prestes a ser tombada pelo governo de Minas Gerais, carrega o símbolo de ter sido pelas suas terras (estima-se que na época eram dois mil alqueires) o plantio do primeiro pé de café no Estado. Entre as paredes, masmorra e senzalas da Santa Clara se escondem muitas histórias de riqueza, opulência e também de crueldade, marcas daquele período colonial. Manoel Pereira foi liderança política de muita importância em Rio Preto. Destemido, o português foi voz discordante dos Bustamantes Fortes. Pela sua ousadia em enfrentá-los foi barbaramente assassinado, em 25 de maio de 1863.
Contam os relatos históricos da época que Pereira pagou com a vida por ter assumido um contrato de risco da construção de uma estrada ligando a região do campo, Andrelândia a Rio Preto. Oitenta por cento do traçado desse caminho passava pelas terras dos Bustamantes Fortes e eles não concordaram com a empreitada, dada pela Província de Minas para Pereira. Ao pagar com a vida pelo empreendimento, o português também virou santo na região. Era comum, até bem pouco tempo, muitos estudantes pagarem promessas no túmulo de Pereira, no Cemitério Nosso Senhor dos Passos, em Rio Preto.
Relatos da história riopretana dão conta que ao ser assassinado, em emboscada, próxima à Fazenda Santa Clara, Pereira foi jogado nas águas do rio Preto amarrado em pedras e correntes. Pois bem, Pereira mesmo com o peso ao seu corpo boiou cinco dias depois, sendo encontrado preso à areia no leito do rio. Um de seus braços apontava para os céus, e nos elos das correntes havia as marcas da Fazenda Santa Clara. Um dos principais mandantes do crime, o juiz Gabrielzinho, que administrava a Santa Clara fugiu para a África. Outro dos mandantes, Antônio Joaquim Fortes optou pelo suicídio.
Como o crime de Pereira repercutiu negativamente junto à sede do Império, no Rio de Janeiro, houve uma devassa fiscal nas atividades e contas da Fazenda Santa Clara. A então Vila de Rio Preto foi a mais atingida pela perseguição da Corte aos Bustamante Fortes. Muitos anos se passaram para que a vila conquistasse o título de cidade. O gabinete liberal, que por volta dos anos 1800 era forte, é que trouxe de volta o prestígio político para Rio Preto. Aliás, enquanto Pereira era vivo foi ele quem mais lutou na região para a libertação dos escravos.

COMÉRCIO E SERVIÇOS DA CIDADE DO TURVO NO SÉCULO XIX


 Entre 1890 a 1900 a Cidade do Turvo, velho nome de Andrelândia, já contava com uma bem estruturada rede de casas de comércio e serviços.
Advogados, médicos, farmácias, padarias, armarinhos, tipografias, hotéis etc. faziam suas propagandas nos jornais locais, como "A Cidade do Turvo" e "O Amigo do Povo".
Conheça abaixo alguns dos estabelecimentos daqueles tempos.
Conheça, preserve e divulgue a história de Andrelândia.
Nosso patrimônio cultural é nossa maior riqueza !

CIDADE DO TURVO - JORNAL DO PARTIDO CARANGUEJO









O AMIGO DO POVO - JORNAL DO PARTIDO VEADO










AUTORIDADES DA CIDADE DO TURVO

Em 1875

ANTIGOS TIMES DE FUTEBOL DE ANDRELÂNDIA

O futebol sempre esteve presente no cotidiano na população andrelandense.

Associação Atlética de Andrelândia, Esporte Clube de Andrelândia,  Botafoguinho, Areão Esporte Clube, Rosário Esporte Club, Expressinho, Grenat,  Camurça, Sabino Nascimento, Darcy Landim, Alfredinho, Zezito, Memé, Ratinho, Nininho, Vanvan, Chatinho, Coquinho, Cará,  Djalma Sacramento, Jorge Beraldo, Zizinho, João Barquete e Sebastião Mariano são alguns dos nomes imortalizados na história do nosso futebol.
Abaixo, algumas imagens de times que chutaram a pelota na cidade (futebol-raça, futebol-arte, futebol-paixão, futebol-amizade, futebol-tudo) desde os primórdios da chegada do fascinante esporte de Charles Müller à formosa Terra de André.

Se possível, ajude a identificar os atletas de antanho, postando seus comentários neste blog.

Se tiver outras fotos, compartilhe-as aqui.

Boa viagem pela história do esporte em Andrelândia.

Poste seu comentário ao final desta publicação.

Preserve e divulgue o nosso patrimônio ! 

Ser andrelandense é ter orgulho de nossa terra !