1.
AVELINO
CALÇA CURTA
Peça rara, de
espírito inventivo inigualável. Segundo as informações mais abalizadas, foi o
inventor da bermuda no Brasil ao fazer uso de uma calça cortada em Andrelândia
nos idos da década de 1950, revolucionando o traje dos homens na cidade e
região, o que se espraiou para o Brasil e para o mundo. Foi também o introdutor
do controle de qualidade na cidade.
Fazia questão de comer, cada dia da
semana, em casa de uma
determinada família na cidade. Quando a comida ficava ruim, abandonava o
local e buscava outra casa, o que era amplamente comentado nas rodas sociais de Andrelândia, expondo o
proprietário da residência abandonada pelo Avelino aos falatórios mais
constrangedores. Em razão disso, todos procuravam manter a qualidade da comida
servida ao Avelino.
2. BOTININHA
Alair era seu
nome. Gente boa demais. Uma figura que só falava a verdade, desafiando a
realidade de gente importante da cidade. Às vezes andava só de cueca pelas ruas
de Andrelândia. Gostava de cuecas pretas, sempre andando de meias da mesma cor.
Infelizmente, morreu cedo demais.
3.
CARCULA
Figura que
morava perto do curtume (final da rua Ribeiro Salgado, próximo ao laticínio) e
só andava de bicicleta com uma almofada do Vasco da Gama na garupa. Se
perguntasse se ele carculava o que acontecia com alguém que sentasse em um
formigueiro, loprava. Ofendia a mãe de todos. Segundo a lenda ele havia sentado em um formigueiro,
sendo severamente ofendido nas nádegas pelos insetos da família Formicidae.
4.
DINHA
Uma velhinha que
era guardiã do jardim localizado defronte à casa em que ela morava, na atual
Avenida Nossa Senhora do Porto, em frente à Telemig. Casa antiga, infelizmente
demolida. Era uma fera com os meninos
que jogavam futebol no jardim. Corria atrás deles com uma enorme vara de bambu,
aterrorizando as crianças.
5.
GAITEIRO
Figuraça que
apareceu em Andrelândia na época da construção da Ferrovia do Aço. Tocava gaita
e tinha a fama de pegar crianças e colocar em um saco. Morreu de frio no leito
da ferrovia.
6.
JOÃO
BOLINHA
Tinha uma
bolinha em uma das orelhas e detestava ser chamado de João Bolinha. Andava sempre com um
canivete, que passava na calçada, afiando-o, quando era desafiado por alguma
criança. Era empregado do Sr. Manoel Padeiro.
7.
JOÃO
DA GATA
Caboclo que dava
cambalhotas na rua e exibia os órgãos genitais à criançada. Vivia cantando o
“Hino de Andrelândia”, com o mesmo ritmo do Hino do Brasil. “Andrelândia é uma
bosta, Andrelândia. Andrelândia é uma merda, Andrelândia. Andrelândia é fedena,
Andrelândia”.
8.
JOAQUIM
TAMANCO
Mendigo escuro,
alto, de chapéu, verdadeiro mulambo que andava pelas ruas da cidade calçando
tamancos de madeira. Era sempre seguido por cachorros em razão de seu
mau-cheiro, por guardar carne nos bolsos. Certa vez uma senhora da sociedade
resolveu fazer uma boa ação em seu benefício: deu-lhe um banho na Santa Casa.
Avelino só durou três dias, morrendo de pneumonia. O comentário foi que morreu “de banho”.
9.
LÓDIA
Uma espécie de
índia, de diminuta estatura. Sentava nas calçadas da cidade, abria as pernas e mijava
na rua, chamando a atenção de quem não conhecia a tradicional forma de aliviar
a bexiga.
10.
MARIA
PIAU
Senhora escura,
de lenço na cabeça. Detestava ser chamada de Maria Piau. Corria atrás das crianças que a chamavam desta forma. Tinha
fama de colocar os infantes em um saco. Morreu no Asilo.
11.
MARQUINHO
DO BENTO
Peça rara que
tomava todas, todos os dias. Descendia
de tradicional família árabe da cidade. Um coração enorme, de gente boa.
Conhecia todos os bares de Andrelândia. Sabia de cor a ordem cronológica de
abertura de cada um deles, a partir das 4.52h da madrugada. Deixou muita
saudade entre seus amigos.
12.
NELITO
Caboclo com
pensamentos inusitados e pouco convencionais. Tinha medo da morte e sempre
indagava: Dor de barriga mata ?
13.
ONOFRE
Escuro retinto,
que vivia mendigando. Tomava todas.
Almoçava e jantava na casa de um tradicional farmacêutico da cidade. Às 23.00h
tomava “gotas amargosas”, acreditando que o reabilitaria da cachaçada. Dizia
ter 333 anos de idade. Um maluco cabalístico.
14. ROBERTO SAPATEIRO
Roberto Justino da Silva era o seu nome (*07.06.1942 - + 18.09.1995). Como era filho de Dona Maria Assunção da Silva, também era conhecido como Roberto Assunção. Exercia a profissão de sapateiro em um pequeno cômodo situado na Rua Coronel José Bonifácio, 105. Gostava de tomar umas cangibrinas e, quando entrava em campo, só parava depois do dinheiro acabar, o que podia levar vários dias. Quando isso acontecia, Roberto sempre falava em tom de tristeza: "A vontade é triste, menino". Era famoso por criar ditados. Um deles era: quem dorme no sereno amanhece querendo.
15. ROMANINHA
Roberto Justino da Silva era o seu nome (*07.06.1942 - + 18.09.1995). Como era filho de Dona Maria Assunção da Silva, também era conhecido como Roberto Assunção. Exercia a profissão de sapateiro em um pequeno cômodo situado na Rua Coronel José Bonifácio, 105. Gostava de tomar umas cangibrinas e, quando entrava em campo, só parava depois do dinheiro acabar, o que podia levar vários dias. Quando isso acontecia, Roberto sempre falava em tom de tristeza: "A vontade é triste, menino". Era famoso por criar ditados. Um deles era: quem dorme no sereno amanhece querendo.
15. ROMANINHA
Senhora escura,
que morava no Areão. Tinha fama de bruxa. Fabricava azeite de mamona para
vender e também doces, mas estes últimos ninguém comia, com medo morrer
envenenado. Dizem que ela
usava paus de banguês (padiolas usadas para o transporte de cadáveres) para mexer os seus doces e alimentos. Segundo a lenda, após fazer xixi no alto de um
cupinzeiro, ela virou bananeira. A fama dela é de que não morreu, apenas virou árvore.
16.
ZUZU
Um dos
personagens mais folclóricos de Andrelândia. Todos o adoravam. Era filho da
Dona Ozenda Andrade e do Sr. Lindolfo Queiroz. Um adulto, com cabeça de
criança, que encantava a cidade. Ganhou do Padre Pedro Ciruffo um cineminha que
sempre passava o mesmo filme: Tristezas
não pagam dívidas. Também tinha um trenzinho, com o qual brincava dentro do sobrado (atual Fundação
Guairá), fazendo túneis por baixo das paredes de pau-a-pique. Brincava de matar
porcos, furando gomos de mandacaru com “facas” de bambu.
Vigiava a cidade do segundo andar do sobrado. Sempre que via o farmacêutico Antônio de Andrade Alves na esquina, começava a gritar: Pára de cercar freguês aí, Seu Tonico ! E arrancava gargalhadas de todos.
No seu processo de interdição judicial, disse contentemente que era empresário, dono de um circo, fazendo lógicas considerações sobre as perguntas que lhe eram dirigidas. O susto das autoridades do Poder Judiciário só cessaram quando Zuzu revelou que o escrivão do processo, Sr. Joaquinzinho Ferreira, era o palhaço do empreendimento. A audiência quase não terminou por causa de tantos risos.
Vigiava a cidade do segundo andar do sobrado. Sempre que via o farmacêutico Antônio de Andrade Alves na esquina, começava a gritar: Pára de cercar freguês aí, Seu Tonico ! E arrancava gargalhadas de todos.
No seu processo de interdição judicial, disse contentemente que era empresário, dono de um circo, fazendo lógicas considerações sobre as perguntas que lhe eram dirigidas. O susto das autoridades do Poder Judiciário só cessaram quando Zuzu revelou que o escrivão do processo, Sr. Joaquinzinho Ferreira, era o palhaço do empreendimento. A audiência quase não terminou por causa de tantos risos.
A todos esses
personagens andrelandenses que fazem parte da história da Terra de André, as
nossas mais sinceras homenagens !
Todos moram em
nossos corações.
Faltou o Sr. Deodato Santana, um Sr. Negro que tinha muitas estórias, uma delas era da cobra que tinha quinze metros e quinze palmos, fora o que estava atrás da moita, rsrsrsr
ResponderExcluirfaltou o darcy da piriquita com suaS MUSICA
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