Impossível para aqueles que moraram ou visitavam Andrelândia durante as décadas de 1980-1990 não falar da Discoteca Vênus, a popular “Venenosa’, como carinhosamente a chamávamos, frequentada assiduamente pelos adolescentes e jovens que para lá se dirigiam em busca de paqueras e diversão.
Naqueles tempos, a música começava a tocar cedo (por volta das 19:00h) e todos chegavam de banho tomado, cheirosos, com a melhor roupa possível, de preferência com algum detalhe branco, para que realçasse quando fosse acesa a “luz negra”.
Por volta das
21:00h começava o momento mais esperado pelos frequentadores: a sessão de
músicas lentas, quando os meninos chamavam as meninas para dançar, de rosto
coladinho. Muitos jovens de Andrelândia deram o primeiro beijo em tal ocasião,
ouvindo as melôs caprichosamente escolhidas pelo Renato Laredo, responsável
pela sonorização do estabelecimento.
Lembro-me que,
conquanto não houvesse regras a respeito, cada área do recinto era ocupada por
determinada classe social, formando verdadeiros “continentes” de intercomunicação
restrita, algo que nos dias de hoje seria, certamente, definido como racismo ou
preconceito. Mas tudo era mais leve e descomplicado antigamente. Bons tempos.
Pontualmente
às 21.55h Renato anunciava: esta é a última música para os menores.
Às 22:00h as
luzes eram acesas e quase todos os menores de idade saíam. Fim da diversão.
Os
que tentavam driblar as regras, normalmente eram identificados e retirados
ostensivamente do recinto pelo Zico, o proprietário, que tinha fama de mau
entre a molecada.
Os
maiores podiam curtir um pouco mais, não raras vezes tomando uma (ou várias) cuba
libre (rum com coca-cola) ou hi-fi (vodca com fanta laranja) no bar da Discoteca,
administrado pelo Elói. Lembro-me de um pôster do Dire Straits na parede. Era o
máximo.
Os
que não tinham dinheiro para os drinks mais sofisticados, como eu, faziam o “aquecimento”
tomando umas cangibrinas no bar do Antônio Peru, ao lado da praça da estação. Depois,
tentávamos obter um desconto na entrada, fazendo o maior chororô com a Dona Julita
Gorgulho, mulher do Zico, que ficava na portaria. Perdíamos o maior tempo, mas
fazia parte do ritual de ingresso no território venusiano. Na entrada, recebíamos um carimbo no pulso. Era a comprovação de que o ingresso havia sido pago.
Uma
lenda que corria na época era de que se todos pulassem dentro da Discoteca, o
prédio cairia, pois não tinha estrutura. Verdade, ou não, fato é que o Zico
sempre expulsava quem pulava lá dentro.
Estas
são minhas velhas reminiscências sobre a Venenosa, de saudosa memória.
Se
você se lembrar de algo mais, comente aqui. Relembrar é viver.
Curti muito essa boate!
ResponderExcluirO legal era a carimbada no braço na entrada,assim se vc ganhasse uma gatinha saia com ela da boate e depois era só voltar mostrando a marca do Carimbo! Bons tempos.
Verdade. Bons tempos aqueles. Me lembro uma vez,Eu era menor e me escondi no banheiro. O Zico entrou lá e tirou todo mundo que estava escondido. Foi uma época muito boa e que nunca mais voltará. Felizes os que curtiram aquela época. Obrigada por nos trazer grandes recordações de Andrelândia.
ResponderExcluirÔ saudades, ah o relato acima traz algumas lembranças sim, mas era muito mais que isso.
ResponderExcluirÔ esquenta no bar do seu Antônio Perú era o melhor, eu e o Juninho Leitão (filho do seu Antônio Perú) que o diga. Certa vez tomamos umas de muitas e o Juninho pegou o Fusca do seu pai pra darmos umas voltas, depois disso ele me deixou na porta da Vênus e entrei normalmente, ah esqueceram de falar que muitos dos frequentadores passava pinga no braço para passar o carimbo de um para o outro kkkk. Com isso entrei, depois de algum tempo lá dentro, escuto o meu nome sendo chamando para me apresentar na delegacia, pois o meu amigo Juninho estaria lá, ao chegar na delegacia não me recordo se foi o escrivão ou o delegado que me abordou dizendo que meu amigo envolveu se em um acidente de carro derrubando todas as árvores que haviam sido recentemente plantadas na calçada da rua dos Correios do lado do Dr Walter e só parando o carro no paredão, fato este ocorrido por ter ingerido bebida alcoólica (pinga lá do bar) e que o dono desta cachaça seria eu, pois na época eu já tinha 18 anos e o meu amigo disse ao delegado que a bebida era minha. Este foi o último episódio hilário que me recordo sobre a antiga venenosa.
Existem tantos outros, sobre namoro, dança dos passinhos,brigas. Gostaria que meus amigos da época contasse outros casos.
Sei q é trágico,mas ele batendo nas árvores foi muito divertido de se ler
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ResponderExcluirAh!!! Q legal essa matéria!! Eu ia de Minduri de trem pra Andrelândia!! Era bem novinha, tinha uns 15 anos!! Meus primeiros rolês fora da city! Imagina a adrenalina poder frequentar esse lugar!!! kkkkkkkk
ResponderExcluirNossa! Fui muito na minha adolescência em Andrelândia....Dancei e namorei muito na discoteca Vênus. Tenho muitas lembranças! Época maravilhosa. Saudades!
ResponderExcluirEntre os anos de 1979 a 1981, curti demais a vênus.Lembrancas que não se apagam!
ResponderExcluirGente, dancei muito nessa discoteca e era bom demais da conta. Há 40 anos que me mudei de Andrelandia, mas, nunca esqueci das noites na Vênus.
ResponderExcluirEu vinha de Santana do Garambéu de combi era muito bom 😍
ResponderExcluirEu tbm era menor mas ia não entendia a letra mas dançava com carinho e respeito ...bom demais ..
ResponderExcluirQue bela lembrança! Adorava ir pra Vênus. Quantas músicas, lentas, discotecas, lambadas.....cervejinhas...e muitaz amizades, feitas nesse espaço . Como era bom....como era divertido.
ResponderExcluirRealmente, época de belas lembranças!
ResponderExcluirSaudades eterna, eu era menor de idade mas, mesmo assim aproveitei o máximo, bons tempos!
ResponderExcluirAnterior à Discoteca Vênus, o Zico abriu uma boate no prédio do antigo Hotel Laredo, onde é hoje a Movelândia. Foi ali que comecei a conquista da Marlene que é hoje a minha esposa e mãe dos nossos dois filhos. Bons e velhos tempos.
ResponderExcluirAquele vestido rodado meinhas de rendinhas como era divertido
ResponderExcluirFoi um tempo inesquecível .Realmente vivemos um sonho.
ResponderExcluirBons tempos saudades, uma vez pulei a janela fiquei escondido do Zico na marquisa só pra ficar depois das dez, era muito bom.
ResponderExcluirQuanta lembrança boa tenho desse lugar já dancei ,paquerei,namorei muito nesse lugar o saudade🎉🥰😅🥰
ResponderExcluirSaudades desse tempo que não volta mais. Dancei muito, paquerei muito, namorei muito!! Foi na Discoteca Vênus que conheci meu marido, hoje pai das minhas duas filhas!! Belas recordações!! Obrigada por me lembrar desse tempo!!
ResponderExcluirBons tempos conheci muita gente por lá , era frequentador assíduo e lá embaixo estava meu fiel escudeiro : o azeitona que me levava para casa ( o fuscão verde kkkk)
ResponderExcluirFoi a melhor época da minha vida, eu era menor, o Zico me conhecia , eu já tinha uma namorada, aí ele fazia vista grossa , assim desse jeito eu ficava lá até madrugada . Muito bom!
ResponderExcluirPassávamos em vários bares antes de chegar na Vênus, e como todo cara "tonto" é chato, eu sempre alugava a mulher do Zinco na bilheteria para ter desconto. Isso quando um amigo não falsificava o carimbo com uma caneta, entramos de graça várias vezes. Tempos depois ele passou a ser discotecário na Vênus.
ResponderExcluirE a época de Carnaval era bem melhor, depois de passar na "Avenida" onde tinha desfiles, muitos desciam para a Vênus, e depois ainda passava no campestre pois lá o baile ia até mais tarde.
Que legal que saudade o dono das besta discoteca era o Zico a filha dele era minha amiga eu era praticamente de dentro da casa dessa família maravilhosa eu era muito querida da família do Zico o dono da discoteca Parabéns matéria maravilhosa lembranças
ResponderExcluirBons tempos que eu queria ter vivido, mas não tive essa sorte, hoje o mundo já não é mais o mesmo.
ResponderExcluirTenho muita saudades da venus .
ResponderExcluirA melhor época que o mundo teve, decada 70 a 90 saudades.
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