Há
3.500 anos o território andrelandense já era habitado por povos pré-históricos
que viviam no vale do rio Turvo Grande, alimentando-se da caça e da coleta de
frutos e sementes. Daquela remota época ficaram registros na Serra de Santo
Antônio, encontrados por arqueólogos na década de 1980, que comprovam que um dos
alimentos favoritos de nossos mais remotos ancestrais era o pinhão, muito nutritivo e rico em fibras e minerais. Sabemos que o consumo do pinhão em nossa
região sobreviveu aos séculos e no período colonial ele também era muito utilizado
na alimentação dos tropeiros que daqui partiam em direção ao Rio de Janeiro,
conduzindo bois e porcos para abastecer a Capital.
Nos pontos de
parada (pouso) dos tropeiros sempre existiam araucárias, que forneciam sombra
para a tropa, galhos para acender o fogo e pinhões para a alimentação.
Nos
dias de hoje o consumo do pinhão em Andrelândia, conquanto ainda exista, é
bastante reduzido. Não seria o momento de resgatar as tradições de nossos
antepassados e assinalar o consumo da semente, em suas múltiplas possibilidades
(cozido, assado, em conserva, farofa, bolo etc.), como um dos símbolos
gastronômicos de nossa cidade ?
Para
quem prefere algo mais doce, vale ressaltar que, ainda no século XVIII, a
região conhecida como Congonhal, em nossa cidade, foi povoada por famílias
portuguesas oriundas das Ilhas dos Açores que aqui passaram a produzir, de
forma artesanal, seguindo técnicas tradicionais trazidas do além-mar, doces de
frutas. Ao longo dos anos, substituindo a marmelada europeia, a goiabada
transformou-se em produto típico produzido e comercializado pelos chamados
“Congonheiros” que vinham à cidade vender o afamado doce de goiaba (padrão tradicional,
cascão ou “de colher”) de porta em porta, normalmente acondicionados em
caixetas de madeira. Gente simples e trabalhadora, os Congonheiros possuíam
características físicas comuns, a exemplo da pele clara, dos cabelos aloirados
e dos olhos azuis, o que se explica pelo fato das Ilhas dos Açores, de onde
procediam seus ancestrais, terem sido povoadas, inicialmente, por Holandeses.
Vale ressaltar que o próprio fundador de Andrelândia, André da Silveira, era
natural dos Açores (Ilha do Faial) e possuía propriedade também no Congonhal,
tendo sido ele, provavelmente, produtor
ou, ao menos, apreciador da goiabada do Arraial do Turvo (nome primitivo de
nossa cidade).
Não
seria tempo de resgatar e promover a velha tradição das goiabadas de Andrelândia, de tão
conhecidos sabor e qualidade ?
Para
combinar, os mais exigentes pediriam o queijo. E isso é o que não nos falta...
Não
bastasse a fabricação tradicional, desde o século XVIII, do chamado “queijo Minas”, a partir da década
de 1920 Andrelândia passou a produzir, com alta qualidade, queijos finos como o
Prato, Gruyere, Brie, Gorgonzola, Golda,
Muçarela, entre outros, alcançando renome nacional em tal atividade.
Atualmente existem fábricas e revendedores de laticínios na cidade com plenas condições de atender a demanda pelos saborosos produtos.
Então escolha o produto que melhor identificaria Andrelândia e poderia servir como a “identidade gastronômica” da nossa cidade.
Se você achar que o melhor seria juntar os três produtos, sem problemas. Seria muito interessante uma Festa do Pinhão, da Goiabada e do Queijo em Andrelândia. Verdadeiro “mexidão” gastronômico a demonstrar a pluralidade e a riqueza de nossos sabores mais tradicionais.
Participe. Divulgue. Opine.
No dia 15/02/2020 anunciaremos o resultado final.
A Terra de André agradece.
e da Manteiga... Nao se esqueçam que a segunda fabrica de manteiga no Brasil, foi construida em Andrelândia, em 1899... ==> "1899 - FÁBRICA DA BAHIA - A SEGUNDA FÁBRICA DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE MANTEIGA DE MINAS GERAIS - BERÇO DOS LATICÍNIOS NO BRASIL Fábrica da Manteiga "Veado". Construída na Fazenda da Bahia, foi propriedade do Cel. José Bonifácio de Azevedo, João Zuquim de Figueiredo Neves e José Ribeiro Salgado, sócios da “Azevedo & Cia”. É considerada a 2ª fábrica de manteiga de Minas Gerais. A manteiga, de ótima qualidade, era vendida em latinhas de meio quilo. As embalagens eram fabricadas no próprio estabelecimento, sendo que o rótulo vinha estampado em lâminas metálicas. Nos primeiros anos de funcionamento a fábrica funcionava sob a responsabilidade de Guilherme Hilker, vindo especialmente da Alemanha para este fim. Mais tarde, quando o técnico alemão retornou à sua pátria, assumiu a direção o Sr. Américo Sacramento.
ResponderExcluir(Informações retiradas do : www.terradeandre.blogspot.com.br)
Queijo & Goiabada
ResponderExcluirQueijo &e Goiabada
ResponderExcluirQueijo
ResponderExcluirGoiabada
ResponderExcluirPinhão
ResponderExcluirSou a favor de resgatar a tradição do pinhão. Tem mais história e dá mais ênfase a araucária.
ResponderExcluirFesta do pinhão na manteiga.
ResponderExcluirUma delícia e ainda tem propriedades antioxidantes, omega 6, controla a pressão arterial e é rico em vitaminas e minerais altamente nutritivo e não engorda.
Porque não, num Festival Gastronômico, os três, que bem representam a tradição da cidade?
ResponderExcluirQueijo e goiabada!!!
ResponderExcluirQueijo
ResponderExcluirAcho que deveria ser todos esses: pinhão, goiabada, queijo minas (que era.a.tradição) e também a manteiga que foi bem lembrada em comentário anterior.
ResponderExcluirMas onde está os pratos feito do milho? Broas, angu baiano, polentas e curaus. Lembrando que a cultura do milho é tão enraizada em nossa cidade que na bandeira do município tem representado dois pés de milharal.
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